quarta-feira, 2 de abril de 2014

Introdução

O curso já teve início. Segundo o guião, são bastantes as novidades. Vou, sem dúvida, conhecer muitas e novas tecnologias e ferramentas que me permitirão desenvolver o meu trabalho de uma forma mais apelativa e criativa. Pouco a pouco vou-me ambientando a este universo de aprendizagem "virtual" e que sai, por completo, da minha zona de conforto. Neste momento, as expectativas são bastantes. Estou curiosa para conhecer o decurso da formação, para aprender mais e poder trabalhar ainda melhor! 

O desafio começou!...




Para aceder à minha apresentação pessoal basta clicar em http://www.slideshare.net/SusanaCruz1984/apresentao-pessoal-susana-cruz-33191217
                

Módulo 1

Comentário sobre os recursos disponibilizados:
Da leitura que faço dos vários recursos disponíveis, bem como de outros com que me deparo diariamente, o que constato é ainda alguma falta de documentação de suporte para os alunos do Ensino Secundário.

Trabalho atualmente em exclusivo com alunos deste nível de ensino, confrontando-me frequentemente com alguma falta de suporte teórico, mas também em termos de recursos materiais. Destaco sobretudo a Dislexia, problemática que afeta alguns dos meus alunos e perante a qual noto que não há recursos de intervenção específicos no Ensino Secundário. Pessoalmente, o que tenho feito é partir de recursos destinados a outros níveis de ensino e recriá-los e adaptá-los, contudo gostava que num futuro próximo fosse dada mais atenção a esta problemática durante todo o Ensino Secundário, e que esta não fosse tida em consideração apenas quando se prepara a aplicação dos exames nacionais...




Atividade individual
Atividade 1 (Ferramentas utilizadas: Bubbl us, Microsoft Powerpoint e Slideshare

Para consultar, clique em:


Módulo 2

Comentário individual

Com o conhecimento que tenho agora das potencialidades do Araword e a exploração deste recurso, fiquei agradavelmente surpreendida ao saber que até eu posso construir histórias adaptadas. Esta possibilidade, mesmo assim, deve ser analisada com prudência, para que os seus resultados sejam os melhores. Por muito à-vontade que nos sintamos face ao Araword, há que ter em conta as capacidades de comunicação da criança, pois implementar o Araword enquanto comunicação alternativa é diferente de implementá-lo como comunicação aumentativa. Há também que ter o cuidado de selecionar antecipadamente os símbolos, para que se utilize apenas um símbolo para cada conceito, a menos que se trate de uma criança com um bom potencial cognitivo. É também essencial que se selecionem os símbolos mais adequados ao modelo que a criança possui e à sua capacidade intelectual. Potencia-se assim um conjunto de aprendizagens a partir de histórias adaptadas. Imagino esta estratégia a ser utilizada, por exemplo, na interpretação de histórias contadas oralmente, na qual a criança constrói as suas respostas recorrendo a estes símbolos. Imagino também o Araword a ser utilizado em momentos de escrita de pequenas frases por parte de crianças que eventualmente apresentem uma capacidade cognitiva superior. Num estádio mais avançado, a criança pode até redigir as suas próprias histórias, com base em experiências de leitura anteriores e nas próprias experiências de vida.
Falando do Araword e das suas potencialidades educativas e comunicativas, reconheço igualmente as vantagens do Araboard, concebido a pensar numa grande variedade de públicos. A possibilidade de construir pranchas (ou tabuleiros) de comunicação personalizados e adequados não só às características como também às necessidades de cada aluno torna possível aquilo que muitas das vezes nos parece difícil de alcançar – a autonomia. Se, por um lado, o uso do Araboard permite à criança responder a questões que lhe são colocadas, por outro, com os quadros de comunicação, podem ser-lhe dadas as ferramentas necessárias para efetuar pedidos simples ou, eventualmente, iniciar e manter um tópico de conversa, ainda que com limitações, em parte devido à quantidade de símbolos disponíveis por prancha. A estas vantagens acresce ainda a possibilidade destes quadros serem construídos em suporte papel, o que colmata as dificuldades de ordem financeira para quem não dispõe de equipamentos tecnológicos como um tablet.
O Araboard está acessível a qualquer um de nós e, perante a falta de recursos tecnológicos, podemos construir tabelas de comunicação utilizando materiais de uso comum como papel, cartão e cola, depois de terem sido impressos os símbolos adequados. A criança não é, então, privada do recurso ao Araboard.
O Araboard Constructor está então acessível a todos os agentes implicados no processo educativo da criança, ao mesmo tempo que o Araboard Player deve implica a sua utilização em suportes tecnológicos, ou em versão papel, como foi referido anteriormente.
Congratulo, desde já, quem concebeu este recurso e o tornou acessível sem custos. Na minha opinião, é aqui que assenta o conceito INCLUSÃO, pois o Araboard pode abranger todas as faixas etárias, todas as condições socioeconómicas e diferentes perfis de funcionalidade. Para mim, deve ser dado o mérito a um recurso que pode, efetivamente, ser utilizado por toda a gente e mudar a vida que quem a ele recorre.
Apesar destas vantagens, e tendo em conta todas as possibilidades que o Araboard nos oferece, a utilização deste recurso implica uma reflexão prévia sobre as seguintes questões: a) Que capacidades de comunicação tem esta criança: recetiva ou expressiva?; b) Que objetivos pretendemos desenvolver com o Araboard?; c) Em que contextos utilizar: casa, escola, contextos sociais…?
Respondidas estas questões, recomendo que sejam selecionados os símbolos mais adequados ao perfil de funcionalidade da criança. Sugiro inclusivamente que, do ponto de vista da continuidade e da complementaridade, tanto no Araword como no Araboard seja utilizado apenas um e o mesmo símbolo para cada conceito, ou seja, o símbolo que usamos numa aplicação seria o mesmo que aplicaríamos na outra. Evitamos assim a sobrecarga para a criança, ao mesmo tempo que se estimula a memória, sobretudo a memória icónica de cada um dos símbolos.
Selecionados os símbolos adequados – tanto no Araboard Constructor como no Player -, está aberto o caminho para a estimulação da autonomia, da comunicação, da interação e da funcionalidade.
Quando a criança fica familiarizada com o Araword, abre-se-lhe todo o mundo da leitura e da escrita, valorizando-se a vertente académica. Quando familiarizada com o Araboard Player, seja em formato tecnológico ou construído em papel, a criança adquire e desenvolve competências essenciais como a comunicação recetiva e expressiva, a autonomia pessoal, social e escolar ou a relação interpessoal.
Sabemos que, para uma criança não-verbal, o uso do Araboard pode fazer a diferença. Deste modo, deixa de ser necessário “adivinhar” aquilo que a criança pretende transmitir e as respostas dadas deixam de ser apenas através do Sim ou Não, muitas vezes associados a um gesto específico da cabeça, da mão ou do pé. Abre-se toda uma possibilidade de comunicação e relação interpessoal. A criança passa de sujeito passivo a sujeito ativo, capaz de se expressar – quer utilize estes recursos como comunicação aumentativa quer alternativa. O importante neste caso é que, se forem fornecidas pranchas com alguma variedade de vocabulário, a criança desenvolve o seu potencial – comunicativo, cognitivo e social. Há apenas que dar as ferramentas necessárias.

Estes três recursos têm ainda a possibilidade de serem usados simultaneamente em casa e na escola, já que contrariam a crença de que o uso destas tecnologias é exclusiva das escolas e de técnicos especializados. Se for tido em conta que a cada conceito deve sempre o mesmo símbolo, tanto a família como a escola podem e devem colaborar na implementação destas ferramentas. Assim será possível otimizar o seu potencial.

Para consulta da atividade realizada, clicar em:

Módulo 3

Atividade individual:

Atividade 2: "utilize a metodologia de webquest e planifique uma atividade pedagógica no contexto da sua prática letiva (utilize o Zunal ou qualquer outra ferramenta) "




A Webquest construída está disponível em:

http://zunal.com/webquest.php?w=244366




Comentário sobre o questionário VARK

Após a realização do questionário VARK, obtive os seguintes resultados:


Visual – 7
Aural – 4
Read/write – 9
Kinesthetic – 4

Antes da realização deste questionário, já me tinha interrogado em diversas ocasiões sobre qual seria o meu estilo de aprendizagem dominante. Considerei sempre que o meu processo de aprendizagem fosse assente em estratégias e recursos visuais, pois sempre me senti mais à-vontade perante recursos escritos – textos, documentos para análise, apresentações Powerpoint… Senti sempre que a via auditiva não me era muito favorável, pois toda a aprendizagem baseada em estratégias de natureza auditiva me conduzia a resultados inferiores.
Constato, após ter realizado o questionário VARK, que as vias “visual” e “read/write” são as dominantes e, em conjunto, definem o meu estilo de aprendizagem como multimodal. Tendo em conta estes resultados, confirmo a conceção que tinha anteriormente sobre o meu estilo de aprendizagem, contudo julguei que a vertente “read/write” tivesse um predomínio maior sobre a vertente “visual”. Acredito que, conhecendo a priori o estilo de aprendizagem de cada indivíduo em particular, é mais fácil personalizar e adequar não só as estratégias de ensino-aprendizagem como também os recursos a explorar e os instrumentos de avaliação. Acredito igualmente que se for identificado atempadamente o estilo de aprendizagem de cada aluno, este obterá melhores resultados, porque as estratégias foram adaptadas a ele e não foi ele quem teve de adaptar-se às estratégias. Pode residir aqui a diferença entre o sucesso e o insucesso.


Comentário sobre os recursos disponibilizados no Módulo III

Após ter explorado os vários recursos disponibilizados no Módulo III, considero que aquele em que me sinto mais confiante é a Webquest. Consultei vários documentos de apoio, não só de instruções sobre a construção de uma Webquest, mas também de testemunhos de professores e alunos que recorrem frequentemente a esta metodologia. Consultei ainda alguns exemplos de Webquest, de diferentes áreas do saber, para ter contacto com toda uma multiplicidade de recursos.
No final, e para dar cumprimento à atividade 2, optei por construir uma Webquest na minha área profissional – Educação Especial -, seguindo os princípios inerentes à construção de Webquest, mas com uma particularidade: optei por criar uma que, pela sua estrutura e pelo público a que se destina, está apresentada de modo a servir tanto professores como alunos. É até recomendado que esta Webquest seja explorada por um aluno e um professor, pois o primeiro necessita de orientações e supervisão por parte do primeiro.
Considero ter apresentado uma Webquest adequada, clara e viável. Tenciono dinamizá-la na minha prática profissional, o que funcionará inclusivamente como um teste de validação.
Sobre as Webquest, reconheço os seus benefícios e as suas potencialidades pedagógicas. A Webquest é, claramente, um recurso inclusivo, apelativo e utilizável por qualquer área do saber ou nível de ensino. Estimula o desenvolvimento da autonomia, do sentimento de inclusão e das relações interpessoais, pois pode funcionar como estratégia potenciadora de atividades de grupo.
Sugiro, ainda a propósito das Webquest, a criação de uma site ou aplicação, de âmbito alargado e em português, para criação/disponibilização das Webquest, que funcionasse como “banco de recursos” para alunos e professor.
O único ponto negativo que verifico na exploração da generalidade das ferramentas de criação de Webquest, foi o facto de não ser possível a criação de mais do que uma Webquest em contas gratuitas. O facto de ser necessário efetuar um pagamento para rentabilizar mais esta aplicação e construir/partilhar mais Webquest pode inviabilizar o recurso a esta ferramenta como promotora de momentos de ensino-aprendizagem.


Módulo 4

Comentário sobre os recursos disponibilizados no módulo:

Após ter explorado os recursos disponibilizados no presente módulo, fiquei particularmente interessada no programa Powtoon, sobre o qual teço este comentário.
Explorei diferentes recursos, contudo aquele que mais me suscitou a atenção foi o Powtoon, por ser apelativo, graficamente agradável e com um conjunto de particularidades que o assemelham, e distinguem, do Powerpoint.
O Powtoon apresenta inúmeras potencialidades, não só do ponto de vista do aluno como também do ponto de vista do professor. A mim, enquanto professora, proporciona a oportunidade de produzir recursos educativos atrativos, agradáveis e motivantes, em parte graças às inúmeras possibilidades gráficas – estruturas globais, animações, transições, manipulação de imagens e textos, gestão da duração e dos efeitos…
Acho inclusivamente que esta ferramenta pode ser utilizada em diferentes momentos de aprendizagem – antecipação, apresentação de conteúdos, sistematização. Pode também ser utilizada em diferentes disciplinas ou áreas curriculares, assim como visando múltiplos objetivos.
O Powtoon apresenta potencialidades e opções ilimitadas, tendo sido esta a principal razão para ter optado por explorar esta ferramenta na atividade individual deste módulo. Sendo professora de Educação Especial, poderia ter enveredado pela criação de um recurso educativo dirigido a alunos com Necessidades Educativas Especiais, contudo optei por construir um recurso destinado a pais e professores, um pequeno guia sobre Dislexia, uma das problemáticas mais frequentes nos alunos que constituem meu público-alvo.
Para além da construção deste recurso, cujo link disponibilizo para consulta do mesmo, tendo dedicado diversas  sessões de Educação Especial do meu horário semanal à exploração do Powtoon com os alunos que acompanho.
Tenho explorado as inúmeras potencialidades desta ferramenta e incentivado os alunos a recorrerem a esta como uma forma diferente e apelativa de apresentar trabalhos escolares, “fugindo” ao uso quase exclusivo do Powerpoint. Tenho obtido um feedback bastante positivo que me faz acreditar que vale sempre a pena abrirmos os nossos horizontes a novas estratégias, novas ferramentas e novos materiais.

Deste o início deste MOOC que tento mobilizar para a minha prática profissional os conhecimentos que vou adquirindo. Tem sido muito enriquecedor, não só por tudo aquilo que aprendo, como também pela possibilidade de explorar as diferentes ferramentas na minha prática profissional. 

Link para a visualização da minha atividade individual:
http://www.powtoon.com/p/gbhNQhUs35d/



Comentário do trabalho de um colega:


No tópico em que nos foi solicitado o comentário sobre o trabalho de um colega, optei por pronunciar-me sobre o trabalho do colega José Manuel Amaral, em torno do tema "Disgrafia e Disortografia". Escolhi este trabalho por duas razões: em primeiro lugar por se tratar de assuntos sobre os quais debruço a minha prática letiva diária. Em segundo lugar, porque o trabalho produzido pelo colega está, de facto, riquíssimo, não só do ponto de vista gráfico, com uma apresentação bastante atrativa, como também do ponto de vista científico. Trata-se, sem dúvida, de um recurso adequado a alunos, professores e outros intervenientes no processo de avaliação/reeducação da Disortografia e da Disgrafia. Contém informação pertinente, atualizada, clara e de consulta fácil por todos aqueles que se interessem por estas problemáticas. Neste módulo, criei um recurso intitulado "Dislexia-um guia para pais e professores", que pode ser visto como um recurso complementar àquele que o colega José Amaral produziu.
Obrigada, colega,por produzir um recurso tão interessante!

Recurso comentado:




Avaliação

Reflexão individual

Após o término do curso MOOC Inclusão e Acesso às Tecnologias 2014, é tempo de refletir sobre o mesmo, analisando o contributo pessoal e profissional que este me trouxe.
Antes da realização deste curso, reconheço que a utilização que fazia das TIC se limitava à exploração das ferramentas disponibilizadas pelo Microsoft Office, a exploração de software educativo na Internet ou de CDs educativos de suporte e reforço das competências académicas.
Sentia, já há algum tempo, uma grande falta de formação na área das TIC e, agora que trabalho com crianças e jovens com Necessidades Educativas Especiais, ainda sentia uma maior necessidade de aprofundar os meus conhecimentos em relação a este tópico. A par da necessidade, sentia igualmente preocupação e muita vontade de aprender. Considerei sempre que a oferta de formação nesta área era pouco diversificada, pouco divulgada e em quantidade insuficiente. A oferta existente era também proporcionada a custos elevados.
Quando, durante uma pesquisa na Internet, vi a divulgação deste curso, consultei a informação disponível sobre o mesmo, fiquei particularmente interessada em frequentá-lo. Este MOOC apresentava-se bastante inovador, por diversos fatores: a estrutura, a organização de cada um dos módulos, a quantidade/diversidade dos recursos disponibilizados e a possibilidade deste curso ser desenvolvido totalmente on-line, num registo que não obriga a sessões presenciais.
Inicialmente senti algum receio face à frequência deste curso, chegando a ter dúvidas sobre se teria facilidade em acompanhar os módulos previstos. Efetuei a inscrição sem hesitar e admito que este curso cumpriu em pleno as minhas expectativas.
Em primeiro lugar, saliento pela positiva a possibilidade de realizarmos as tarefas propostas individualmente ou em grupos, consoante a nossa preferência. Pessoalmente, optei pela modalidade individual, por ser aquela que melhor se articula com o meu horário profissional.
Apreciei igualmente o facto de ter criado um blog para registo das tarefas produzidas no âmbito deste curso. Foi a primeira vez que criei um blog. Inicialmente senti algum receio, contudo agora sinto-me à vontade em relação à criação e manutenção de um blog, tendo descoberto potencialidades neste recurso que me convenceram a utilizá-lo noutros contextos e recorrer a ele na minha prática profissional.
No “tópico introdutório” tive a oportunidade de produzir um documento de apresentação individual que, por um lado, se situava na minha zona de conforto, pois recorri a uma apresentação Powerpoint, contudo necessitei de disponibilizá-lo na Internet. Explorei então o Slideshare, tendo publicado a minha apresentação nesta ferramenta, um pouco fora daquilo a que eu estava habituada. Estava então iniciado o caminho para toda uma descoberta de ferramentas inclusivas para acesso à tecnologia.
Quando iniciámos o primeiro módulo, explorei com muita curiosidade os recursos disponibilizados. Agradava-me bastante explorar os recursos tendo como ponto de partida um tópico orientador – “políticas inclusivas e medidas educativas para alunos com NEE”. Dos recursos apresentados, eu já conhecia grande parte, contudo a forma e a sequência com que foram apresentados fez-me olhar para eles de uma outra forma, pensando na inclusão em três níveis – nacional, europeu e internacional. Foi interessante verificar como os documentos orientadores – sobretudo os internacionais – são operacionalizados em Portugal, depois de adequados ao nosso público-alvo e às próprias características do nosso sistema educativo.
Foi com imenso gosto que, na atividade individual, explorei novos recursos, desta vez no âmbito das TIC. Fiquei particularmente interessada em explorar o Bubbl.us, produzindo esquemas e diagramas neste programa ao mesmo tempo que analisava e sistematizava as principais ideias daquele que é o grande documento orientador da Educação Especial em Portugal – o Decreto-Lei 3/2008 de 7 de janeiro. Tive então a oportunidade de explorar as potencialidades deste recurso a refletir sobre o uso deste na minha prática profissional. Como o Bubbl.us me pareceu ter um conjunto de funcionalidades que poderiam ajudar os alunos que acompanho, desde logo procurei explorar este recurso em algumas sessões de apoio de Educação Especial, adaptando o Bubbl.us à especificidade de algumas das disciplinas envolvidas. Atualmente, vários alunos que apoio recorrem ao Bubbl.us como ferramenta auxiliar na construção de esquemas e resumos para trabalhos escolares ou para a preparação de testes e/ou outros momentos de avaliação. E depois vejo que muitos deles sugerem esta ferramenta aos colegas, pois o Bubbl.us apresenta, para além das suas funcionalidades para estruturação da informação, um aspeto gráfico apelativo. Uma outra vantagem que retiro da exploração deste recurso é a possibilidade de exportar os diagramas/esquemas produzidos, podendo-se utilizar estes esquemas em muitos outros programas disponíveis no computador, imprimir ou enviar por e-mail, por exemplo.
Nas semanas 4 e 5, no módulo 2 – Acessibilidade Web e Tecnologias de Apoio -, confesso que já me sentia muito mais à-vontade para experimentar novos recursos. Neste momento, também já me sentia mais familiarizada com a estrutura e funcionamento do curso, o que facilitou a realização das atividades dos módulos seguintes.
Neste módulo, experimentei novamente um conjunto de recursos acerca das acessibilidades Web. De todos aqueles que explorei, optei por analisar mais pormenorizadamente o software livre Araword, que considero extremamente benéfico para alunos com NEE severas.
Apesar de não acompanhar neste ano nenhum aluno cujo perfil de funcionalidade implique recorrer a esta ferramenta, no passado deparei-me com casos de alunos que necessitavam realmente de uma ferramenta facilitadora da comunicação, da aprendizagem e da inclusão.
Optei pelo Araword por proporcionar, em alunos com perfis de funcionalidade com limitações mais significativas, a construção de histórias adaptadas quando é necessário um suporte aumentativo ou alternativo de comunicação. Explorei as potencialidades educativas deste recurso e constatei, de imediato, que os benefícios para os alunos são imensos, a começar pelo facto de se tratar de uma ferramenta sem custos. Sendo gratuita, esta ferramenta pode ser utilizada em diferentes contextos: casa, escola, vida social…
O Araword não requer conhecimentos muito aprofundados sobre as TIC: é fácil de utilizar e, na minha opinião pessoal, muito intuitivo. Assume-se como uma ferramenta económica, simples, acessível e apelativa, facilitadora do acesso à aprendizagem, à comunicação e à inclusão. Uma criança ou jovem que necessite de ferramentas desta natureza vai certamente sentir-se muito mais motivada face à aprendizagem, vai desejar comunicar mais com os outros e vai também poder aproveitar os seus tempos de lazer de uma forma mais atrativa.
Como eu já tinha referido no comentário que elaborei para o módulo, o Araword permite-nos ainda complementá-lo com o Araboard (um utilizar apenas um deles em exclusivo), sendo que este último se destina sobretudo à comunicação aumentativa/alternativa e à inclusão.
Se, com o Araword, a criança tem acesso ao  mundo da leitura, da escrita e da interpretação, por outro lado o Araboard permite-lhe comunicar e ser compreendida, podendo exprimir desejos, necessidades ou estados de espírito que antes o adulto só compreendia através do “adivinhar”.
No módulo 3 – Desenho universal da aprendizagem- tive a oportunidade de explorar novamente um conjunto de recursos, contudo destaco aquele que me pareceu o mais acessível e mais adequado à minha prática profissional. Depois de explorar com mais rigor a Webquest, percebi, desde logo, que apresentava numerosas vantagens que eu poderia rentabilizar as sessões de Educação Especial que desenvolvo com os alunos. Constatei, com agrado, que a Webquest é disponibilizada por diversas ferramentas, como o Zunal, a Webquest Creator ou Webquest Ceys, sendo oferecidas diferentes estruturações gráficas, mas sempre mantendo a mesma estrutura interna. Da análise que faço da metodologia Webquest, considero que esta é fácil de utilizar (mesmo quando o site não é em português) e fácil de implementar. Os alunos sentem-se particularmente envolvidos neste tipo de tarefa, pelo lado lúdico que apresenta, pela estrutura e por ser diferente daquilo a que estão habituados. Acredito que a Webquest possa ser utilizada em qualquer disciplina e em qualquer nível etário (salvaguardando obviamente a necessidade de supervisão por parte do adulto).
A Webquest apresenta ainda a vantagem de poder ser utilizada em autonomia, o que funciona como um acréscimo de motivação.
Como ponto negativo acerca das Webquest, saliento apenas o facto de cada conta criada on-line permitir apenas a construção/disponibilização de uma Webquest se optarmos pela versão de conta sem custos. Se, por um lado, a Webquest é disponibilizada gratuitamente, por outro, se queremos fazer uma utilização mais “intensiva” deste recurso, o facto de ser necessário pagar pode reduzir ou inviabilizar o uso do mesmo ou conduzir a um desinvestimento por parte de alunos e professores.
O último módulo do curso – Recursos educativos abertos e acessíveis -, foi um dos que explorei com mais entusiasmo.
Explorei os recursos disponibilizados, contudo o Powtoon despertou logo a minha atenção, pelas suas ilimitadas possibilidades de utilização e pelo seu aspeto gráfico altamente apelativo.
Tentei obter o máximo proveito da ferramenta Powtoon, através da experimentação de diferentes apresentações animadas. Procurei sempre analisar as vantagens e desvantagens do Powtoon, de modo a poder verificar se se tratava ou não de uma ferramenta que se adequasse ao trabalho que desenvolvo diariamente. Através da exploração que fiz, não detetei pontos negativos neste recurso. Por outro lado, encontrei bastantes pontos positivos, que me convenceram de imediato a implementar o Powtoon no trabalho com os alunos NEE que acompanho. Este recurso tem a particularidade de se assumir como uma alternativa ao Powerpoint, que tem sido abundantemente utilizado em apresentações escolares. O Powtoon, neste contexto, seria um verdadeiro “refresh”, por ser uma novidade, por ser dinâmico e por permitir uma multiplicidade de explorações; dá para fazer tudo, ou quase tudo J.
O Powtoon pode ser utilizado por professores em qualquer momento da aprendizagem; pode ser utilizado por alunos com o sem NEE; pode ser utilizado tanto como organizador do estudo como para divulgação de trabalhos. Enfim, há todo um mundo de potencialidades educativas em torno do Powtoon cuja descoberta aconselho sinceramente.

Não posso terminar a minha reflexão sem mencionar a organização deste curso. Desde a divulgação, à construção do guião do curso e ao desenvolvimento do mesmo, com “capítulos” criados no blog e indicação clara dos recursos a explorar e das atividades a realizar, não deteto nenhum ponto negativo.
Destaco a integração dos vídeos introdutórios em cada módulo, muito claros, concisos e motivadores.
Destaco também a quantidade, diversidade e qualidade dos recursos sugeridos para exploração.
Não posso deixar de referir a elevada disponibilidade por parte da equipa organizadora que deu feedback e esclareceu, com brevidade, as nossas dúvidas e desde cedo tentou que nos sentíssemos à-vontade para experimentar e arriscar.
Se, antes da frequência deste curso, eu demonstrava uma atitude “passiva” em relação às TIC e às ferramentas inclusivas, pois limitava-me a explorá-las com os alunos, agora sinto que tenho uma atitude diferente, mais ativa. Passei de utilizadora a construtora de ferramentas educativas com recurso às TIC.
Adotei uma postura mais ativa, mais crítica e mais analítica, contudo superei alguns receios face a estes recursos e sinto-me muito mais à-vontade para implementar recursos inclusivos nas minhas sessões de trabalho, o que já faço com frequência.
Estou atualmente muito mais motivada e mais apta na utilização e produção de recursos educativos em torno das TIC.

E neste momento crio recursos personalizados, adequados ao perfil de funcionalidade de cada aluno – características e necessidades.